O Encanto da Alegria é uma das nações que foram fundadas no final do
século XX, mais precisamente no dia 10 de dezembro de 1998. O grupo é presença
marcante no período carnavalesco, desfilando no grupo especial do concurso das
agremiações carnavalescas, bem como em diversas outras celebrações, além de
terem apresentações culturais realizadas ao longo do ano. O maracatu conta
ainda com uma grande quantidade de batuqueiros e desfilantes, contendo pessoas
da Mangabeira e também de outras comunidades dos arredores. No período
carnavalesco, o grupo também conta com a participação de alguns batuqueiros de
classe média. A faixa etária dos batuqueiros é diversificada, com a presença de
adolescentes, jovens e pessoas de meia idade. As cores do Encanto da
Alegria são vermelho e branco e seu orixá protetor é Iansã. Salientamos que,
até muito recentemente, uma característica marcante do grupo era o fato de ele
ter feições de um maracatu nação antigo, não só pelo estilo de seu baque, mas
também por juntar em seu batuque antigos maracatuzeiros da Nação Elefante de D.
Madalena e do Leão Coroado de Luís de França. A fundação do maracatu ocorreu
por esforços de D. Ivanize Tavares, Sr. Antônio Pereira de Sousa e Sr. Clóvis
Cosme dos Santos. Dona Ivanize já havia tido contato com os maracatus nação
através da observação que fazia do Maracatu Elefante de Dona Santa e do mesmo
maracatu já na época de Dona Madalena. Quando ficou mais velha, alguns anos
antes da fundação do Encanto da Alegria, Dona Ivanize foi convidada por Armando
Arruda para ser rainha do maracatu articulado por ele, que se chamava Leão de Judá.
Ela afirmou que ficou muito feliz e orgulhosa pelo convite, chegando a receber
nota 10 como rainha, mas após alguns anos na agremiação precisou se afastar.
Foi então que, em sua comunidade, alguns vizinhos passaram a incentivá-la a
criar seu próprio maracatu. Ela obteve ajuda de Clóvis, que já participava de
outras agremiações e tinha experiência na confecção de fantasias e adereços, e
de outras pessoas da comunidade. Na hora de pensar em quem seria o mestre, uma
pessoa próxima de Ivanize sugeriu o nome de Mestre Toinho, que aceitou o
convite contribuindo para a fundação do grupo. No entanto, ele só saiu às ruas
pela primeira vez em 2001, pois foram necessários dois anos de trabalho para
que o grupo se organizasse. Em 2007, como o falecimento de Dona Ivanize, a presidência do Encanto da Alegria foi
assumida por Clóvis, que se encontra até o presente como presidente do grupo.
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