O Estrela Brilhante do Recife é um dos
maiores grupos de Pernambuco, que se apresenta sempre ricamente trajado e seu batuque
possui forte identidade musical, reconhecida nacional e internacionalmente. De acordo com os informações de atuais representantes e alguns estudos
(BARBOSA, 2001), o grupo teria sido fundado no ano de 1906 pelo senhor Cosme
Damião Tavares, conhecido por Mestre Cosmo, no bairro de Campo Grande. Com a
morte do Sr. Cosmo em 1955, sua esposa Dona Assunção não consegue manter o maracatu,
cancelando as atividades em 1968 e entregando a calunga Joventina para a
antropóloga norte americana Katarina Real. Em 1969/1970, José Martins de
Albuquerque (Conhecido por Cabeleira) incentiva Dona Assunção a retomar as
atividades do grupo. As atividades passaram a ocorrer no Alto do Pascoal, no
bairro de Água Fria, com o apoio de Maria Madalena dos Santos (Rainha Madalena)
que posteriormente se tornaria rainha do “ressurgido” Maracatu Nação Elefante. Já
em 1993, o maracatu pertenceu ao carnavalesco Lourenço Molla que obtém ajuda de
Dona Marivalda e de Mestre Walter, no bairro de Casa Amarela. Finalmente, em
1995, Molla afasta-se e Dona Marivalda assume a presidência, transferindo suas
atividades para o Alto José do Pinho. A nação tem como símbolo uma estrela
estampada no estandarte e nas camisetas dos batuqueiros. O azul e o branco são
as cores distintivas da agremiação. As entidades patronas são Iansã, Oxum e
mestre Cangarussu. O grupo está sob a direção da rainha Marivalda Maria dos
Santos desde a regência do Mestre Walter desde 1995. O batuque conta em média
com 100 a 130 batuqueiros, a maioria deles do gênero masculino, variando de
crianças a homens adultos, mas com a maior parte de jovens. O grupo possui duas
damas do paço, Ana Paula, que segura a calunga Dona Joventina, e Fernanda, que
carrega Dona Erundina. Nesse maracatu as calungas representam eguns.
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