A Nação do Maracatu Encanto do Pina foi
fundada no dia 05 de março de 1981 pela yalorixá Maria de Sônia, filha de santo
do babalorixá Eudes Chagas, do Maracatu Porto Rico do Oriente. Muitos dos
antigos brincantes continuam ainda fazendo parte do grupo. O grupo é dirigido
por Marcelo, filho de Dona Quixaba, yalorixá responsável pelas obrigações
religiosas. A fundação
do Encanto do Pina tem relação com o maracatu Porto Rico de Eudes. Depois do
falecimento de Eudes, em 1978, o Maracatu Porto Rico do Oriente encerrou suas
atividades. Pouco tempo depois, as pessoas da comunidade mostraram interesse em
colocar o maracatu em atividade novamente. Com a ajuda da Comissão Pernambucana
de Defesa do Folclore (LIMA, 2005) e de Armando Arruda, a retomada das
atividades do Porto Rico do Oriente estava prestes a se consolidar. Maria de
Sônia (Dama do paço do maracatu de Eudes) foi convidada por Armando Arruda para
ser a rainha do reativado Porto Rico do Oriente. Três meses depois, ele desfez
o convite e chamou Elda Viana para ocupar o posto (KOSLINSKI, 2011). A ialorixá
incoformada com a decisão, fundou seu próprio maracatu, o Encanto do Pina, que
teve seus cuidados até 1995, ano de seu falecimento. Depois de sua morte, o
grupo encerrou as atividades depois de dois anos. Já em 2001, Manoel Cândido
Cavalcanti dialogou com os antigos articuladores do Encanto do Pina e colocou o
maracatu na rua mais uma vez. No período carnavalesco, onde ocorrem
as principais apresentações e celebrações associadas ao maracatu, é possível
observar a grande quantidade de pessoas de classe média presentes no batuque, e
a maior parte de seus batuqueiros é constituída por adolescentes e jovens. Joana,
a mestra, é a responsável pela condução do batuque. O grupo tem por símbolo uma
sereia chamada Janaína, referência à Iemanjá, orixá que rege o grupo. As cores
do grupo, azul e amarelo, são atribuídas aos orixás Iemanjá e Oxum, a quem duas
das calungas representam.
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