O Maracatu Nação Cambinda Africano foi fundado na segunda metade do
século XX por Natércio Carneiro dos Santos, pai do atual presidente e mestre,
Arlindo Carneiro dos Santos. Inicialmente chamado de Cambinda “Africana”, que
representava uma reunião de batuqueiros de maracatus que desfilavam pelas ruas
do bairro na quarta-feira de cinzas, travestidos de mulher, com o intuito de
simplesmente se divertirem e aproveitando a oportunidade para angariar dinheiro
e realizar uma festa regrada a bebidas e comidas, Essa diversão dos
maracatuzeiros, conhecida como bacalhau, veio então a se tornar um maracatu
nação a partir do momento em que essa agremiação realizou obrigações religiosas
para adquirir fundamento e vínculos com a religião dos orixás. Com a adoção do
novo perfil, como nação de maracatu, Arlindo resolveu batizar seu grupo de
Cambinda Africano, nome que o mestre considera apropriado a um cortejo de uma
nação africana. Essa mudança justifica-se, para Arlindo, porque era necessário
apagar a relação do maracatu com uma brincadeira descompromissada. O baque do
Cambinda Africano possui um toque cadenciado e regular, sem adoção de linguagem
sofisticada, de paradas e de acelerações rítmicas sucessivas e intermitentes no
decorrer do cortejo, podendo ser caracterizado como um baque à moda dos antigos
maracatus. Seu batuque é composto por homens adultos e jovens.
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