O Maracatu Nação Almirante do Forte foi criado no dia 07 de setembro de
1931, originário de um desdobramento do maracatu de baque solto Cruzeiro do
Forte, e está localizado na comunidade do Bongi, Recife, desde sua fundação. O grupo
é composto, principalmente pelas pessoas da própria comunidade, de comunidades
arredores, familiares do senhor Antônio José da Silva, conhecido como Sr. Teté
e também por pessoas de classe média que resolveram colaborar com o maracatu. O
azul e o branco são as cores oficiais da nação, que se destacam nos
instrumentos do batuque e na vestimenta dos batuqueiros. O grupo tem como madrinhas
as orixás Oxum e Iemanjá e o mestre Zé Pelintra de Santana, entidade da jurema.
As calungas do grupo são duas, D. Creuza e D. Menininha, que representam
os eguns (termo utilizado pelas religiões dos orixás para denominar os
espíritos dos antepassados mortos). Em meados da primeira década do século XXI,
o referido maracatu passava por sérias dificuldades, possuindo pouco número de
batuqueiros. A situação mudou quando algumas pessoas de classe média resolveram
colaborar para o fortalecimento do grupo. A iniciativa deu certo, hoje o
maracatu conta com número de batuqueiros suficiente para desfilar no carnaval,
além de ter se tornado, em 2009, um Ponto de Cultura, recebendo auxílio
financeiro do governo federal, no intuito de realizar projetos de inclusão
social atrelados ao maracatu. Com a verba, a sede foi reformada e hoje abriga
várias oficinas voltadas para a comunidade. O maracatu tem, aos poucos, atraído
a atenção de estrangeiros, que já desfilaram com o grupo em alguns carnavais.
As toadas do maracatu Almirante do Forte são o diferencial dessa nação, pois
nelas residem traços de sua vinculação com os maracatus de baque solto, bem
como suas raízes na jurema.
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