terça-feira, 20 de março de 2012

Maracatus Nação - Cambinda Africano





O Maracatu Nação Cambinda Africano foi fundado na segunda metade do século XX por Natércio Carneiro dos Santos, pai do atual presidente e mestre, Arlindo Carneiro dos Santos. Inicialmente chamado de Cambinda “Africana”, que representava uma reunião de batuqueiros de maracatus que desfilavam pelas ruas do bairro na quarta-feira de cinzas, travestidos de mulher, com o intuito de simplesmente se divertirem e aproveitando a oportunidade para angariar dinheiro e realizar uma festa regrada a bebidas e comidas, Essa diversão dos maracatuzeiros, conhecida como bacalhau, veio então a se tornar um maracatu nação a partir do momento em que essa agremiação realizou obrigações religiosas para adquirir fundamento e vínculos com a religião dos orixás. Com a adoção do novo perfil, como nação de maracatu, Arlindo resolveu batizar seu grupo de Cambinda Africano, nome que o mestre considera apropriado a um cortejo de uma nação africana. Essa mudança justifica-se, para Arlindo, porque era necessário apagar a relação do maracatu com uma brincadeira descompromissada. O baque do Cambinda Africano possui um toque cadenciado e regular, sem adoção de linguagem sofisticada, de paradas e de acelerações rítmicas sucessivas e intermitentes no decorrer do cortejo, podendo ser caracterizado como um baque à moda dos antigos maracatus. Seu batuque é composto por homens adultos e jovens. 

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