sexta-feira, 20 de abril de 2012

Entrevista - Carol Melo


Carol Melo
A entrevista realizada com Maria Carolina da Silva Neta Melo (Carol), foi realizada na sede do Maracatu Nação Tupinambá localizada na rua Araripe Junior, nº39. Nascida em Recife em 31/01/1979, Maria Carolina da Silva Neta Melo, também conhecida como Carol, adepta do Xangô, e conhecida na comunidade do Córrego do Jenipapo onde reside como uma pessoa muito focada na questão social. A infância de Carol se deu na maior parte do tempo em sua residência, onde brincava com seus irmãos e amigas. Já na adolescência Carol começa a trabalhar com 16 anos, no entanto, nas suas entrevistas Carol enfatiza que esse trabalho era doméstico, pois a mesma ajudava a sua mãe na confecção de tortas e outros tipos de doces confeccionados por sua mãe, depois de alguns anos trabalhando com a sua mãe, Carol inicia o curso de magistério e após o termino inicia sua carreira como professora. Nesse período Carol se interessa por danças e folguedos populares e ingressa no grupo do SESI onde fez um curso de dança, após o termino do curso Carol começa a se interessar por maracatus, sobretudo pelo cortejo. Um evento marcante para a inserção de Carol no universo dos maracatus nação foi a primeira participação da mesma na Noite dos Tambores Silenciosos, onde pode acompanhar uma série de maracatus bem como a própria cerimônia.  Carol sempre demonstrou interesse em trabalhar com crianças e adolescentes carentes no intuito de contribuir para a inclusão social e melhores condições de vida. Ao fazer um curso de folguedos populares, Carolina começou a perceber que isto poderia beneficiar as pessoas da sua comunidade, sobretudo a população mais jovem, que até então se encontravam ociosas por não ter uma ocupação ou atividade cultural que pudesse favorecê-las. A partir daí, ela e o esposo tiveram a ideia de criar um grupo cultural, chamado Tupinambá, na comunidade e arregimentar crianças e adolescentes para fazer parte. Essa iniciativa aos poucos foi tomando proporções significativas de modo a possibilitar o interesse da comunidade pelas atividades. Este grupo trabalhava com ritmos da cultura popular entre eles o maracatu. A preocupação com os problemas sociais que afetam, sobretudo, a população mais jovem sempre fez de Carolina uma pessoa atuante nesse sentido. Sua inserção no universo dos folguedos populares rendeu-lhe a oportunidade de criar um maracatu e por meio dele criar as condições necessárias para afastar crianças e jovens do mundo das drogas e da violência. Surgiu assim o maracatu Tupinambá. Como articuladora desse maracatu, Carolina trabalhou também na perspectiva de torná-lo reconhecido pela comunidade. 

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