No dia 28.8.12 começou a programação proposta pelo Seminário de Políticas Públicas Para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial do Brasil. O Seminário foi organizado e produzido pela equipe do INRC do Maracatu Nação, LAHOI, UFPE E CETAP, com incentivo da FUNDARPE e FUNCULTURA.
Credenciamento e entrega dos materiais produzidos (fotografia, áudio e vídeo) para os Maracatus Nação |
O seminário teve como proposta orientar os Maracatuzeiros e Maracatuzeiras sobre as políticas para salvaguardar o Patrimônio Imaterial, que nesse caso são os grupos de Maracatu Nação de Pernambuco. A salvaguarda tem como objetivo contribuir para a preservação da diversidade ética e cultural e também para disseminar todas as informações sobre o bem a todos os segmentos da sociedade.
Mesa de Abertura e Mesa com os primeiros palestrantes do dia. |
· Como funciona o
processo de registro e construção das políticas para salvaguardar o Patrimônio
Imaterial, como foco o fortalecimento, reconhecimento e valorização da
referência cultural
· Apresentação do INRC – apresentação de
instrumento escolhido, metodologia de pesquisa, identificação dos bens,
levantamento preliminar de arquivos relacionados ao bem, registro audiovisual.
· Registro de salvaguarda, livros de registro
com os bens identificados, pedido e analise preliminar, instrução técnica do
processo, avaliação final e ações decorrentes. Sustentabilidade e continuidade
das características dorsais que identificam uma manifestação cultural e a
diferencia de ouras. Quais o retorno dessa patrimonialização e a importância da
participação dos detentores dos bens culturais no processo de salvaguarda.
Relação entre instituições e manifestações culturais? Quais as ações do IPHAN
enquanto instituição mediadora? O que é educação patrimonial?
Durante a tarde a palestra foi sobre Políticas de salvaguarda dos bens patrimonilizados: refletindo sobre experiências.
Mônica Sacramento (Pontão de Cultura do Jongo) Rosildo do Rosário (Coordenador do Pontão de Cultura do Samba de Roda) Délcio Bernardo (Pontão de Cultura do Jongo) |
Alguns pontos abordados:
· Processo de
valorização e reconhecimento das práticas culturais dos grupos
· Jongo – forma de
expressão que integra percussão de tambores, canto e dança. Característico da
região sudeste do país, era praticado pelos trabalhadores escravizados e de
origem bantu, nas lavouras de café e de cana-de-açucar, como forma de lazer e
resistência a dominação colonial (fala da Mônica)
· Foram eles e seus
descendentes que, em suas comunidades, mantiveram e transmitiram as novas
gerações os saberes, práticas e valores contidos nesta manifestação
· Após o registro como
patrimônio imaterial: o que fazer, o que vai mudar.
· Registro chama atenção
para a necessidade de políticas publicas que promovam a equidade econômica
articulada com a pluralidade cultural, políticas que garantam a qualidade de
vida e a cidadania. E condições de autodeterminação para que as comunidades
jongueiras mantenham vivo o jongo nas suas mais variadas formas e expressões
· O que vai ser
salvaguardado – o bem ou as pessoas que detêm o bem
· Histórias da griô
· Conferência nacional de cultura
· Troca de conhecimento:
escola – sabedores do bem
· Mais informações: Pontaoojongo.uff.br – pontaojongo@gmail.com
Lydiane, Jailma, Beatriz e Ivaldo - Pesquisadores do INRC dos Maracatus Nação |
Mesa composta pela coordenadora e pesquisadores do inventário |
Por fim, na última mesa, foram levantadas algumas considerações feitas pelos pesquisadores sobre o inventário e sobre o bem que está sendo inventariado. Uma das principais discussões foram sobre as sedes dos maracatus, estrutura e condições e sobre o mercado cultural para os grupos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário