Abertura do Carnaval
Celebração que corresponde à abertura oficial do
carnaval do Recife, esta acontece desde o carnaval de
2002 e recebeu o nome de Carnaval Multicultural do Recife. Na abertura do
carnaval, diversas nações de maracatu se reúnem em frente a um palco no Marco
Zero, onde podem ser vistos o percussionista Naná Vasconcelos e os mestres de
batuque.
Carnaval do
Recife
O carnaval do
Recife acontece desde os fins do século XIX sendo uma festa de cunho popular,
vê-se não só bailes em salões fechados como também blocos de rua e desfiles de
variadas manifestações da cultura popular pernambucana, como maracatus nação,
maracatus de orquestra, caboclinhos, tribos de índios, bois, ursos, blocos de
frevo, escolas de samba, dentre outros. Muitas mudanças ocorreram de lá para
cá. O carnaval foi sendo cada vez mais padronizado para atender aos interesses
de alguns grupos sociais. O carnaval do Recife recebeu o nome de “Carnaval
Multicultural” por mostrar a variedade de manifestações tradicionais e
populares do estado e as atrações da cultura de massa nacional, internacional e
cultura urbana alternativa. Os maracatus nação recebem uma atenção especial,
sendo a atração principal da abertura.
Carnaval de
Olinda
O carnaval de Olinda é conhecido pela grande
quantidade de blocos carnavalescos que desfilam pelas ruas do Sítio Histórico
ao som do frevo. A celebração na cidade é também conhecida pela presença dos
bonecos gigantes que desfilam na Terça-Feira Gorda entre os largos de Varadouro
e Guadalupe. Hoje, além dos tradicionais blocos de frevo, vê-se também o
desfile de troças, caboclinhos, afoxés, maracatus de orquestra e maracatus
nação. Os maracatus nação podem desfilar livremente pelas ruas da cidade; nos
pólos espalhados pela cidade e principalmente no Pólo Maracatu e Afoxés,
situado em frente ao Mercado Eufrásio Barbosa.
Concurso das agremiações carnavalescas
Concurso
organizado pela Prefeitura da Cidade do Recife, onde os grupos disputam uma
classificação e os primeiros colocados recebem um prêmio monetário. Os
maracatus-nação desfilam com seu batuque e corte completos e devem fazer esse
percurso em tempo determinado. Cada agremiação recebe uma nota dada pelo júri
de acordo com critérios pré-estabelecidos. O desfile dos maracatus nação ocorre
todo domingo de carnaval e a apuração das notas ocorre na quinta-feira após o
carnaval. O concurso das agremiações foi instituído na década de 1930, com a
fundação da Federação Carnavalesca em 1935.
Ensaio com Naná
Vasconcelos
Os ensaios dos
maracatus nação com Naná Vasconcelos tiveram início em 2002 quando o
percussionista passou a conduzir o show de abertura do carnaval recifense. De
início, os ensaios ocorrem nas sedes dos maracatus, onde Naná ensaia com os
batuqueiros. Nas sextas-feiras, há ensaio na Rua da Moeda. Na semana que
antecede o carnaval, todos os grupos ensaiam juntos no Marco Zero, local que
servirá de palco para a Abertura. Os ensaios têm início cerca de um mês e meio
antes do carnaval. O baque construído por Naná é independente de qualquer nação
de maracatu, entretanto, ele se assemelha mais ao de alguns maracatus.
Festa de
aniversário
Não há um formato de comemoração das festas de
aniversário dos maracatus nação. Geralmente, os grupos dão festas nas próprias
sedes ou outros espaços maiores. Em alguns casos, a festa é aberta para a
comunidade, em outros, é realizada apenas para os maracatuzeiros ou lideranças.
Terça-negra
Celebração
organizada pelo Movimento Negro Unificado (MNU), em parceria com a Prefeitura
do Recife, que tem como finalidade a afirmação da história, da cultura e da
cena musical negra através de apresentações de grupos culturais como afoxés,
maracatus nação, cocos, bandas de reggae, black music, samba e hip hop. A
celebração (com esse formato) ocorre desde 2002, periodicamente nas noites de
terça-feira no Pátio São Pedro. Os maracatus nação são presença constante na
Terça-Negra.
Noite para os
tambores silenciosos de Olinda
Celebração que
ocorre desde 2001, na segunda-feira que antecede o carnaval e criada por
iniciativa de Armando Arruda. Na Noite para os tambores silenciosos de Olinda
os ancestrais ou antepassados são cultuados e firmam-se pedidos de proteção
para o carnaval. Em frente à Igreja da Nossa Senhora do Rosário dos Homens
Pretos, à meia-noite, os tambores silenciam e os cantos aos ancestrais são
entoados pelo mestre do Maracatu Nação Leão Coroado e praticante do candomblé,
Afonso Aguiar. As escadarias da igreja são lavadas com perfume e ouve-se o
batuque dos maracatus.
Traga a vasilha
Trata-se de uma
reunião de batuqueiros vindos de diferentes maracatus nação, grupos percussivos
ou outras pessoas que se juntam para tocar. Os encontros acontecem todas as
noites das sextas-feiras, no bairro do Recife Antigo, na Rua Mariz e Barros, em
frente ao Armazém 14. A celebração teve início no ano 2000 e nela, os batuqueiros
tocam baques e toadas de diversos maracatus nação, como também outros ritmos
como coco e ciranda.
Noite dos
tambores silenciosos
Celebração que
ocorre na segunda-feira de carnaval, no Pátio do Terço, em frente à Igreja de
Nossa Senhora do Terço. Os maracatus nação vão pela Rua Vidal de Negreiros em
direção à igreja onde prestam homenagens aos seus antepassados, ou ancestrais,
cantando toadas, acompanhados do batuque e cortejo real. O evento tem início
por volta das 20h e tem fim por volta das 4h da madrugada. A Noite dos Tambores
Silenciosos teve início em 1962, quando o jornalista Paulo Viana começou a
organizar a celebração.
Acorda povo
Celebração que
acontece durante o ciclo junino. Na ocasião, várias pessoas saem em cortejo,
após a meia-noite, cantando músicas em louvor a São João Batista. O Acorda Povo
foi uma das formas escolhidas por diversas comunidades de terreiro para
celebrar, ao mesmo tempo, São João Batista e Xangô. A celebração encontra-se reduzida
nos dias atuais.
Baque de
alvorada
Festa que
reunia os maracatuzeiros na noite da sexta-feira da semana pré-carnavalesca, ou
na madrugada do sábado de Zé Pereira. Às cinco horas da manhã, uma bandeira do
maracatu era hasteada em frente à sede, enquanto os batuqueiros batucavam.
Bacalhau na
quarta-feira de cinzas
Celebração onde
os maracatuzeiros saíam pelas ruas tocando maracatu e tentando arrecadar
dinheiro para fazer uma bacalhoada, no fim do carnaval. A única nação que ainda
faz o bacalhau é o Leão Coroado, porém não mais nos moldes antigos.
Coroação de rei
e rainha de maracatu
Cerimônia
pública, de caráter sacro em que uma autoridade religiosa impõe sobre a cabeça
de rei e/ou rainha uma coroa. A cerimônia de coroação confere ao maracatu enorme
valor simbólico. A coroação de reis e rainhas de maracatu pode ser remontada às
antigas coroações de reis do Congo, existentes em vários locais do Brasil, ao
longo dos séculos XVIII e XIX.
Obrigações
religiosas
Celebrações
onde os maracatus nação procuram obter proteção. As nações realizam
oferecimentos ou obrigações às calungas, aos orixás, entidades da jurema,
eguns, além de instrumentos ou outros artefatos pertencentes aos maracatus
nação como coroas, estandarte e pálio. As obrigações variam muito de grupo para
grupo.
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